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o que reza a lenda...

Ao cruzeiro seiscentista que faz parte do espólio do Museu Arqueológico da cidade de Barcelos, anda associada a curiosa lenda do galo. Segundo ela, um peregrino galego fora acusado da prática de um crime que jurou não ter cometido. Num impulso de fé, pedira a proteção de Nossa Senhora para o salvar da sentença injusta que ia cumprir.

Como ultima graça, fora-lhe concedido o pedido para o levarem à presença do juiz que o condenara à morte, por enforcamento. Chegado à residência do magistrado, que se banqueteava com alguns amigos, o galego reafirmou a sua inocência, e apontando para um galo assado sobre a mesa, exclamou perante os presentes:

- “É tão certo eu estar inocente, como certo é esse galo cantar quando me enforcarem”.

Entre risos e comentários, porem, ninguém tocou no galo. No momento do peregrino ser enforcado, o que parecia impossível tornara-se realidade – O galo ergueu-se da mesa e cantou! Perante isto, o juiz correu para o local da execução e com espanto viu o pobre do homem com a corda ao pescoço, mas com o nó lasso, tendo impedido o estrangulamento. De imediato foi solto e mandado seguir o seu caminho em paz.

Passados alguns anos, o peregrino voltou a Barcelos para esculpir o Cruzeiro do Senhor do Galo, em louvor à Virgem e a S. Tiago.

Esta lenda tem passado de geração em geração, através dos séculos. O galo de Barcelos, típico, multicolorido e tão famoso é um símbolo de fé, justiça e boa sorte.

Texto adaptado

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